quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Eu me encontro mais e mais, antes perdida, em minhas ideias repentinas. Em meu coração machucado tentando novamente se expandir em direção ao amor. Em minha constante fuga daquilo que me leva à dor. E vejo, não claro, mas melhor, que eu sou transitória. Mutável. Mas que sou construída sobre uma base tênue e, ao mesmo tempo, inquebrável, de princípios. Eu tenho uma linha de ser, e sobre ela teço as mais diversas formas de agir.


A praia do rosa é rosa...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"Às vezes é preciso recolher-se. O coração não quer obedecer, mas alguma vez aquieta; a ansiedade tem pés ligeiros, mas alguma vez resolve sentar-se à beira dessas águas. Ficamos sem falar, sem pensar, sem agir. É um começo de sabedoria, e dói. Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido. Amar era tão infinitamente melhor; curtir quem hoje se ausenta era tão imensamente mais rico. Não queremos escutar essa lição da vida, amadurecer parece algo sombrio, definitivo e assustador. Mas às vezes aquietar-se e esperar que o amor do outro nos descubra nesta praia isolada é só o que nos resta. Entramos no casulo fabricado com tanta dificuldade, e ficamos quase sem sonhar. Quem nos vê nos julga alheados, quem já não nos escuta pensa que emudecemos para sempre, e a gente mesmo às vezes desconfia de que nunca mais será capaz de nada claro, alegre, feliz. Mas quem nos amou, se talvez nos amar ainda há de saber que se nossa essência é ambigüidade e mutação, este silencio é tanto uma máscara quanto foram, quem sabe, um dia os seus acenos."

Lya Luft

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda

Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber